Ninguém deixa de conjugar estes verbos se
percorrer as cidades da Itália. Ninguém deixa de inspirar-se pela arte, cultura
e beleza delas. Entre as construções medievais que marcam a paisagem, pode-se
subtrair o mundo contemporâneo, descobrir a influência dos árabes e normandos,
territorializar a história e, ainda aglutinar fatias de literatura, meu topos de percepção.
Ao entardecer, olhando torres, arcos e
colunas, é fundamental, como pausa, um café ou um vinho D.O.C.G. ou um gelato. Sobre o “café”, quando o pedimos,
nos servem um expresso desde que inventaram as máquinas profissionais. Se,
todavia, escolhemos um vinho simples, frutado e leve, o Prosecco di Valdobbiadene, que vai bem com antepastos, nos divertimos
com um espumante cujo nome associa a uva “prosecco” com a comuna “Valdobbiadene”
da região de Vêneto, na província de Treviso. Também o “sorvete” tornou-se excelência
italiana, sob o ponto de vista da história da gastronomia, desde que a
preparação foi servida no casamento de Catarina de Médicis com Henrique II, no
século 16. Estas e outras referências não interferem na degustação dos produtos.
Entretanto, e já há muito tempo, instauram o homem como ser de história.
Se, ainda, teimamos em simplesmente comer,
deixamos de perguntar o que é a cozinha italiana. A cozinha italiana em sua
totalidade se revela como regional.
Nela ingredientes, receitas e modos de preparo são diferentes entre regiões, e
em cidades dentro da mesma região. Mudanças sociais e políticas, a geografia e
o clima contribuem, mas a influência de outros povos é o fator mais decisivo no
resultado. No norte, estão os pratos de influência francesa, austríaca e húngara
com o emprego de leite e derivados. No centro, predomina um cardápio de carnes
e verduras, em combinações diversas, como no minestrone. No sul e nas ilhas da Sardenha e Sicília, e
principalmente na parte meridional, consomem-se peixes e frutos do mar,
carboidratos, frutas e verduras, e muito azeite de oliva.
Queijos e salames, que se entrelaçam na
totalidade do país, irrompem para o mundo a sua cultura, e de tal maneira que
divide com a França a preferência dos alunos de
gastronomia e arte, o que pode ser justificado historicamente a partir
“daquele “ casamento.
Um primeiro prato
Batata Asterix 1kg
Farinha de trigo 220g
Nozes 80g
Sal 12g
Queijo parmesão 140g
Noz moscada 5g
Pimenta do reino 5g
Descascar
as batatas.Colocar as batatas cortadas em rodelas numa panela com água fervente
e um pouco de sal, e deixar cozinhar de 15 a 20 minutos. Retirar as batatas da água,
colocar numa peneira fina ou espremedor de batatas. Formar a massa e deixar
esfriar na geladeira. Depois que a massa gelar, acrescentar o resto dos
ingredientes. Sovar a massa na mão. Abrir a massa no formato de “minhocas” e
depois cortar em pequenos cubos. Cozinhar a preparação numa panela com água
quente, e aguardar o gnocchi subir. Reservar
numa travessa e servir com o molho de sua preferência.
Asterix: variedade de casca
vermelha e polpa muito amarela, tubérculo oval-alongado de tamanho grande e com
teor alto de matéria seca. Comuna: menor subdivisão administrativa de
território; o equivalente a município. D.O.C.G (Denominazione di Origine Controllata e Garantita): Denominação de
Origem Controlada e Garantida. Garantia de qualidade para produtos,
especialmente vinhos e queijos. No caso dos vinhos, as garrafas são seladas
pelo órgão competente com um vedante numerado na tampa ou na rolha para
prevenir manipulação posterior. Gelato [dzela:a]; plural gelati: gelado. Preparação artesanal, diária e em pequenas
quantidades, a base de leite, creme, açúcar, sabor principal, frutas frescas,
chocolates e neve. Minestrone (minestra,
sopa + one, sufixo aumentativo):
sopão. Preparação espessa, composta de legumes cortados, e mais, arroz ou
massa.
A reprodução desta receita foi autorizada pelo
professor-chef Vicente
Abreu
Nenhum comentário:
Postar um comentário