É a Tailândia, dividida entre a Indochina e
a península Malaia, habitada há 10.000 anos. É uma monarquia constitucional,
mas já foi reino budista. É um dos maiores exportadores de arroz do mundo; o
turismo, mesmo após o tsunami de
2004, é a base da economia, e o Muay thai, ou boxe tailandês, é esporte
nacional mundialmente popular. E a sua cozinha é do quê? Então, nesse país
asiático, é assim:
Combinado com pescados, frango e
principalmente porco – e ainda frutas tropicais e legumes ou hortaliças - o arroz é o alimento básico. Nem era
preciso dizer, não é? O decisivo é que especiarias, molhos e ervas dão sabor e
aroma exóticos às receitas thai, e
que estes ingredientes fazem a sua particularidade. É essencial o uso de
pimenta chili, natural ou seca, inteira ou em pó, em forma de pasta. Não faltam
coentro, manjericão doce, alho, gengibre e capim-limão. Leite de coco é um dos líquidos
de cozimento da pasta de curry, que pode ser verde ou vermelha ou amarela,
muito picante. Ao conjunto, acrescente-se o característico nam pla, molho de peixe fermentado, empregado com a propriedade de
salgar as preparações. E numa comparação (boa ou má) é significativo dizer que
a comida tailandesa, se temperada com suavidade aproxima-se da chinesa; e, se
muito condimentada, da indiana. Mas não são exatamente essas as que considero
como cozinhas-irmãs.
A idéia acerca de uma cozinha-irmã é a
idéia “colada” daquela de cidades geminadas: cozinhas de áreas geográficas
distintas com características em comum. Não se pode deixar de perceber que pimenta, leite de coco e peixe são
ingredientes clássicos na comida baiana, e tailandesa, ligando-as. Não se deve
deixar de pensar que os portugueses, quando apresentaram aos tailandeses a
pimenta e outros ingredientes do Ocidente no século 16, foram o elemento de
ligação desta identidade. Não se deve deixar de considerar a idéia de
cozinha-irmã uma manipulação mental óbvia. Entretanto, não se pode deixar de
reconhecer que Brasil e Tailândia estão parceiros muito antes do acordo entre
Bangkok e São Paulo, a anterioridade se atesta pelo Caminho das Índias.
Um pad
thai
Brócolis americano 100g
Cebola emincée 1 unid
Saquê 30ml
Alho picado 1 dente
Óleo de gergelim torrado 10ml
Açúcar 15g
Nam pla 30ml
Gengibre quanto baste
Shiitake 50g
Molho de ostras 15ml
Óleo quanto baste
Branquear
o brócolis e reservar. Cortar o salmão em tiras de 1cm de espessura e 5cm de
comprimento. Deixar a carne marinar por
15 minutos numa mistura de óleo de gergelim, alho, saquê, açúcar, nam pla e gengibre. Retirar a carne da
marinada e reservar a mesma. Aquecer o óleo em uma wok e fritar a cebola. Acrescentar a carne e selar. Juntar o shiitake e o brócolis, e por fim
acrescentar o molho de ostras e a marinada. Saltear e servir com arroz jasmim.
Arroz jasmim: variedade de grão
longo e cristalino, que tem este nome porque seu aroma lembra o da flor; bom
para acompanhamentos, e não para receitas com outros ingredientes. Branquear: cozinhar
em água fervendo durante alguns minutos, e imediatamente esfriar em água com
gelo para interromper o cozimento. Emincée:
cortado em lâminas finas. Marinar: colocar proteína (carnes, aves, peixes e
mariscos) dentro de um líquido para amaciá-la ou dar-lhe sabor. Pad thai: prato tradicional. Saltear:
técnica de cozimento, em fogo forte e com pouca gordura, em que se sacodem os
alimentos em movimentos de vai- e-vem. Saquê: vinho de arroz seco com teor
alcoólico de 15 a
17%. Selar: dourar o exterior de uma proteína em fogo forte para dar-lhe cor. Shiitahe: cogumelo marrom-escuro,
vendido fresco ou seco, cujo diâmetro do chapéu varia de 4 a 10 cm . Wok [panela ou frigideira wok]:
utensílio básico da cozinha asiática, em forma de uma meia esfera metálica com
cerâmica, com duas alças ou um cabo.
A reprodução desta receita foi autorizada pelo
professor-chef Eduardo
Jacobsohn.
BEM CUCA Maio 2012
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